1ª Vencedora: Márcia Machado - blog da vencedora

"Se tenho saudades da minha infância? Óhh, se tenho, tantas. Nessa altura eu podia dizer que era mesmo mesmo feliz, pois as únicas tristezas que podia conhecer era quando os pais diziam algo do género 'não, não podes ter aquela boneca'. E eu fazia uma birra, uma birra enorme e depois os papás pegavam em mim ao colo e davam-me miminhos e em cinco minutos, a tristeza passava. Gostava tanto de voltar atrás no tempo, voltar a ser inocente sem saber nada do mundo, sem chorar por desilusões, sem amar quem não sente o mesmo, sem ter preocupações, pois as únicas preocupações que tínhamos era brincar a toda a hora, comer e dormir. Às vezes olho para fotografias minhas dessa altura e penso 'bem, como eu era tão pequenina', vejo-me a sorrir nessas e penso que nessa altura não me passava nada de mau pela cabeça, o mundo era perfeito, as pessoas eram todas bondosas e a maldade? A maldade não era tanta como agora a conhecemos. Mas agora, com dezasseis anos, tenho a certeza que há tanto de maldade como de bondade. O mundo está cada vez pior, a natureza está a perder qualidades, as pessoas tornam-se egoístas, existem coisas que se sobrepõe a valores bem mais importantes. Enfim, se eu pudesse voltar atrás, voltava claramente, nem que fosse só para matar saudades dos meus brinquedos, para sorrir sem motivo concreto, para ser feliz sem pensar nas consequências, para chorar por pequenas coisas, para não sentir dor no coração, para aproveitar ainda mais aquele tempo em que não tinha responsabilidades. Se me marcou? Posso dizer que sim, afinal tenho boas histórias para contar, coisas que me fazem rir e dizer 'bem, eu fiz mesmo isso?' Posso dizer que tive uma infância feliz. Querida infância, queres voltar? 
facebook do blog, clica e vê se o teu texto foi o escolhido

                 1ª Vencedora: Márcia Machado - blog da vencedora

"Se tenho saudades da minha infância? Óhh, se tenho, tantas. Nessa altura eu podia dizer que era mesmo mesmo feliz, pois as únicas tristezas que podia conhecer era quando os pais diziam algo do género 'não, não podes ter aquela boneca'. E eu fazia uma birra, uma birra enorme e depois os papás pegavam em mim ao colo e davam-me miminhos e em cinco minutos, a tristeza passava. Gostava tanto de voltar atrás no tempo, voltar a ser inocente sem saber nada do mundo, sem chorar por desilusões, sem amar quem não sente o mesmo, sem ter preocupações, pois as únicas preocupações que tínhamos era brincar a toda a hora, comer e dormir. Às vezes olho para fotografias minhas dessa altura e penso 'bem, como eu era tão pequenina', vejo-me a sorrir nessas e penso que nessa altura não me passava nada de mau pela cabeça, o mundo era perfeito, as pessoas eram todas bondosas e a maldade? A maldade não era tanta como agora a conhecemos. Mas agora, com dezasseis anos, tenho a certeza que há tanto de maldade como de bondade. O mundo está cada vez pior, a natureza está a perder qualidades, as pessoas tornam-se egoístas, existem coisas que se sobrepõe a valores bem mais importantes. Enfim, se eu pudesse voltar atrás, voltava claramente, nem que fosse só para matar saudades dos meus brinquedos, para sorrir sem motivo concreto, para ser feliz sem pensar nas consequências, para chorar por pequenas coisas, para não sentir dor no coração, para aproveitar ainda mais aquele tempo em que não tinha responsabilidades. Se me marcou? Posso dizer que sim, afinal tenho boas histórias para contar, coisas que me fazem rir e dizer 'bem, eu fiz mesmo isso?' Posso dizer que tive uma infância feliz. Querida infância, queres voltar? 
facebook do blog, clica e vê se o teu texto foi o escolhido